linha de vagão
Vou fazer um bordado de sapequices poéticas.Sentadinha no metrô na volta do trabalhoolho: a moça da frente tem os olhos verdes tristeso homem ao lado espicha as pernas e tremeduas tagarelas não medem o som da fofoquicea senhora à porta toca a vida de braços cruzados desenrugo as linhas do mar da moçasolto oxigênio destemidosilencio toda necessidade do olhar alheioe abro a porta da vida abrindo os braços Bem sei... a roupa da poesianão é feita para vestir por fora.