Do yin, o pulso

Quem te ensinou que o afeto se expressa pelas formas brutas, te fez deserto. Não vá por aí semeando cacto, contando que flor se abra. Não cobre boas regas quando o que cultiva é força sobre o outro. Não fale de jardim se é abusivo com a terra. Ignora que a natureza se restaura em sua própria beleza independente do caos que lhe oferte. Passa queimada, passa ventania, a delicadeza renasce sobre as chagas, porque a essência é e sempre será imensuravelmente mais forte que o ego. Gaste todos os seus conflitos até aceitar sua incapacidade de matar o que para nada é oposição: o amor em sua água de afeto.

Anterior
Anterior

Pequenas epifanias em acordes 1

Próximo
Próximo

Quimera