Desempate
Empatia seria da natureza a coisa mais simples, não fora as defesas que nos separam. Há uma vastidão de medo seco, escapando do olhar nos olhos, reconhecer a dor diversa, como uma dor de si mesmo. Uma escuta descomprometida, uma indisponibilidade a verdade do contato, e da necessidade. Há um excesso de julgo, termo, crivo, um aborto de humanidade, uma violência ao outro para poupar ou crescer a si mesmo.O que fere em uma, fere em todas. O que nega a existência de uma, atrofia as outras. A beleza do feminino é plural como uma floresta, se enraiza diversa em solo fértil. Branca, preta, amarela, com todas as nuances de tons, flores, frutos.Quem não sabe trocar, não pisoteie. Quem não sabe ver, o deserto. Mas para quem pode reconhecer, para quem pode cuidar, o acolhimento da sombra, a água da fonte, o seio.