parar f(r)ases
Quanto mais me aproximo dos homens, mais quero ficar perto das crianças. Dois dedos esticados na mão lançada para cima : autos! E um eco do peito, uma certeza: a pior fantasia é a adultecida, é preciso despir enganos, colher raiz. Me dou o direito como quem bebe alforria feito medicamento. Como o poeta: "não quero ser nada", quero apenas a linguagem do afeto. Como o músico: "como um cego tatear estrelas distraídas", vou a minha meninice grande. Lançando ao chão da tabacaria metafísica todo embrulho do ter quer ser, os personagens, o labirinto das alegorias. Quero apenas o lúdico de quem sentindo alquimiza a vida.- nenhuma sabedoria é gente grande, todo saber é criança.