Crônica de Pé de Galinha
O tabuleiro da vida gira quando olhamos para o circular do tempo sem a inocência do tempo do tempo, sem a displicência de enquadrar quadrado a quadrado. Nesse tempo, se torna deselegante não caminhar nas fronteiras, dar valor de poeira ao esquadro. O tabuleiro das regras mutantes e um só pião em sua jornada pede atenção e coerência a partir do tempo em que na regra enquadra a ampulheta. Derrama cisco ao que envelhece, tinge ouro no solado. Depois do passo do sentido que tudo fenece, a estratégia do que se põe à mesa é sagrada.
Matilde percebeu na ruga. José palpitou na curva. Joana tem coração fraco. Luís esconde que toma colágeno. Dói na Sílvia em todas as juntas. O ar para César é escasso. Julia não lembra do dia passado. Marcelo quer partir de boa viagem. Um Neto diplomou. Um bebê nasceu e colocou mais um tabuleiro na terra.
- Não, por favor, não jogue pela janela o dado. Coloca no tabuleiro tua reza.