Do que deserta

Lançou-se à água em tiro insensatode quem quer ir de uma borda à outrano mais rápido traço e desconsideraque no meio do trajetoquando não há garantiasa mente libera tubarões e baleiascontra si mesmo.Turvo de espuma e medono redemoinho escuro do peitobrigava com a água. Ah, a água com sua suavidade de ser-lhe caminhoe acolhe-lo com sua permeabilidadeadaptando-se as asperezas.Ah, a água essa força não devorável.que tanto irriga quanto transbordae jamais se fará controlada...Deixaria que seguisse calmo entre sua maciez. Mas o tiro desatinadofoi um nado entre dentes e orcas,importou-se por demais com bordas,secou a água com rapidez.  

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Sem tato