Sob um céu de peixes

Ele via peixes no céu, ela erapeixe mergulhando ao lado.Ele via nela os astros,ela o cobria de jardinagem.Rendiam noite a dentro em laço, construindopontes entre universo, terra, amor, estrada. Voavam.Orquídea na varanda da casa, pé de romã,cheiro de mato. E a poesia escorregavado sofá para a cama, da cama para o sonho,do sonho para os passos.Eram peixes dançando, nutrindobeijos, queijos, cafés, tato.Era um samba de nuvens sonhadas, era um cercode mar deitado em par de copos beijados.Não se sabe onde foi que se perdeuo agasalho vermelho que trançavam.Se foi ele ou ela de fato quem partiu.Não se sabe por que foi que ruiutijolo e telha de um amor inacabável.

Anterior
Anterior

Salto

Próximo
Próximo

(Des)Silencie