A sororidade não passageira

Tinha os olhos inundados de uma vontade,as mãos em gesto de tentá-la,alguns calos no peito, alguns nós na garganta,um furacão de sonhos em novelobuscando um tecido como colchão.Se virava ao avesso, ousava piruetas,tecia a beleza de ser onda cheiaapesar de toda sua inexatidão.Me pôs parada, quebrada, a admirá-la.Me pôs a rever minhas ondas e maré em entremeio.Me pôs inundada, em eco como um refrão:sonhos merecem respeito.

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A gota