Por ser leal à lealdade, o universo interno

Sofro, na brincadeira do verbo, de uma lealdade incurável e irrefreável. E por ela, e dentro dela me reconheço e me reintegro, muito embora, por ela, e dentro dela, já tenha por ímpeto entrado em longas batalhas.Certa vez, há anos atrás, me disse o mestre:- Sua lealdade jamais te trairá.Sei, ressoa meio velho, meio na contramão da modernidade. Mas há um sentido tão profundo dentro disso, que foram os anos que se passaram em seguida que me ensinaram a reparar. Quem é leal não deve nada a não ser o compromisso com sua verdade mais profunda e a levar nas escolhas e atos aquilo que acredita. Quem é leal é leal em si mesmo, é entregue a si, e sendo entregue a si é integrado ao universo. Do micro, ao macro. Quem é leal está forte em si mesmo, mesmo que nada, nadinha, lhe enxergue ou reforce.Mas por muitos anos tive uma ótica errada, que minha lealdade me levava a solidão. Quando era, na verdade, apenas meu exercício de adaptar formas para confluir com tudo a volta sem me perder de mim mesma.Há um tempo atrás atraí alguém que achava que me ajudar era devolver meus pés ao chão, me tirar da fé inabalável, me convencer de que o mundo não passava de quimera e moinho. E foi exatamente através desse alguém que reconheci o quanto, apesar dos ralados e marcas, eu com minha lealdade não estava nada, absolutamente nada, errada. E fui salva, pela minha própria lealdade, em meu propósito de contribuir apenas positivamente na vida deste alguém.Acontece como algo claro, simples, mas que muitos entendem como mágica, que somos conduzidos e protegidos por nossas melhores energias quando as escolhemos sustentar apesar das seduções e desafios da vida. Porque quando determinamos sermos nossa melhor parte, ela nos devolve, reintegra, à melhor parte do universo, que é o amor, que por diversas formas se manifesta. Hoje, estava eu as voltas de uma coisa, dessas bobas rotineiras, quando sou pega, mais uma vez de surpresa, pela onda do que plantei com essa tal lealdade. E fiquei aqui lembrando da época em que erroneamente me achava esquisita, ri um bocado, a gente precisa mesmo aprender a olhar a vida fora do drama desde criança, porque é simples, belamente simples: verdade atrai verdade, a gente só não controla por qual lado.* Na imagem, em sânscrito, ela mesma: lealdade* Aqui e por todos os ares, minha gratidão ao mestres Ráshuah que por sua determinação, dedicação e lealdade, sustentam tantos caminhos, como o meu, no instituto de autoconhecimento: www.rashuah.com.br

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"Life is like a box of chocolates"