Onde tudo é, nada falta
A primeira vez que vi o mar, não me apaixonei. Era muito pequena, e estava por demais incomodada com as sensações da areia. Foram precisas sucessivas vezes, até que da aspereza da areia me fosse possível reconhecer o mar. Ah, a grandiosidade do mar! Quantas vezes, feito criança, fazemos isso? Damos mais importância as asperezas que as grandiosidades simples, simplesmente porque aprendemos a hipervalorizar o 'ruim'. E desse ângulo transbordamos nossas interpretações de faltas.Viciados nos óculos da falta, somos, em grande parte, nós. Nós, enozados em uma forma desbotada de olhar através do que não se tem, do que não há, do que não pode, dos ques nãos, do que o outro não, do que a vida não... Nós, com esse olhar ávido em carimbar o negativo, inábeis para aceitar e escolher como lidar com algo tão básico que estudamos na física: as polaridades.Nos despimos para entrar no mar, certo? Nos despojamos de tudo que não nos é necessário para simplesmente ser em contato e troca com o mar. No mar, o que fazemos? Reconhecemos nosso pequeno tamanho, despimos a autoimportância. Nos posicionamos e reposicionamos a cada ondulação, fazemos escolhas, despimos a vitimação. Observamos e aceitamos a maré em seu agora para tal, despimos o controle nos adaptando. Brincamos, mergulhamos, surfamos, boiamos, somos felizes na troca, conforme nossas afinidades e possibilidades naquele agora.Dipa-se desse óculos que cobre tudo de dunas desérticas e impedem de ver as possibilidades. Torne-se peixe com a vida. Se for para ser feito criança, então brinque de caçar os tesouros escondidos!http://crisebecken.comQuer conhecer um método inovador de se libertar dos óculos? Visite:www.rashuah.com.br