De vento e pipa

20130826-135006.jpgJoão aprendera a soltar pipa.Lá debaixo admirado com tão alto ela iasentia a textura da linha.A linha, tão fina, quase invisível,requeria uma sabedoria: a dos ventos.João absorto pelo céu e seus malabarismos de linhase sentia a pipa,tanto mais solta subia, maior sua alegria.Foi uma ventania, um rodopio,a mão espantada, o coração em desalinho,lá foi a rabiola dando sinais de perdida.João e as mãos trêmulasos olhos nocauteadoso corpo preso ao chão vencido- João não era a pipa.Mas João sabia como construí-las.Silenciosamente debruçou-se sobre papéis ainda mais coloridos.Ao colocar seus pés a fora admirou os ventos,Com o coração solto, absorto por não ser a pipamas ser a mão que malabariza a linha.

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